O anúncio foi feito na quinta-feira pela biblioteca e pela autora Laurie Anderson, no dia em que Lou Reed completaria 75 anos.
"É preciso tempo para ver a vida como um todo e agora que a primeira fase do arquivo está concluída, podemos voltar atrás e começar a ver alguns exemplos brilhantes do trabalho que o Lou fez na longa e intensa vida como artista", disse Laurie Anderson, artista e mulher de Lou Reed, em comunicado.
A intenção daquela biblioteca pública e de Laurie Anderson é tornar acessível ao público o que Lou Reed deixou, depois de morrer em 2013 aos 71 anos.
O Lou Reed Archive inclui 3.600 gravações áudio, 1.300 gravações vídeo, fotografias e outros documentos, e a biblioteca de Nova Iorque tem já expostos alguns dos cadernos de apontamentos e cartas do músico.
Nascido em Brooklyn em 1942, Lou Reed foi um dos fundadores do grupo The Velvet Underground, uma das bandas de referência do rock nova-iorquino dos anos 1960, apadrinhada pelo artista plástico Andy Warhol.
O guitarrista seguiu depois, na década de 1970, uma carreira a solo, do punk ao glam-rock e à música experimental, com a edição de cerca de 30 álbuns, tendo escrito ainda vários volumes de poesia e dedicado interesse à fotografia, à meditação e ao tai-chi.
A aquisição do arquivo de Lou Reed por uma biblioteca pública demonstra o interesse em preservar-se o espólio de figuras importantes da música, como escreveu a agência France Press.
No ano passado, o músico e escritor Bob Dylan, Nobel da Literatura, decidiu que o seu arquivo ficaria na Universidade de Tulsa, em Oklahoma, onde já está depositado, por exemplo, o trabalho de Woody Guthrie, pioneiro da música folk norte-americana.
Mais recentemente, o músico Bruce Springsteen chegou a acordo com a Universidade de Monmouth, próxima de New Jersey, onde cresceu.
Lusa