
Matilde Rosa Araújo "ganhou o respeito dos seus pares e de todos os inúmeros leitores de diferentes gerações que apreciaram os seus livros", salienta o Chefe de Estado.
Atribuição a título póstumo
Entretanto, a Câmara Municipal de Cascais aprovou hoje, por unanimidade, a atribuição da Medalha de Honra do município à escritora.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da autarquia, António Capucho, adiantou que foi aprovado, em reunião de câmara, um voto de pesar pelo falecimento da autora e também a atribuição, a título póstumo, da Medalha de Honra, a mais alta condecoração do município.
António Capucho explicou que a autarquia "tinha e tem" uma forte ligação à escritora porque Matilde Rosa Araújo "viveu em Cascais durante muitos anos e a sua obra era muito apreciada por jovens e professores de todo o concelho".
A escritora e o concelho de Cascais
Em 2000, a autarquia instituiu o Prémio Literário Matilde Rosa Araújo - Revelação na Literatura Infantil e Juvenil para prestar homenagem à autora pelo incentivo à escrita para os mais jovens.
Também batizou com o nome da escritora um agrupamento de escolas do município e a Biblioteca Municipal de Cascais-Alcabideche.
O presidente da câmara de Cascais recordou um encontro que teve com Matilde Rosa Araújo numa escola, descrevendo-a como "uma pessoa encantadora, que tinha um apreço especial pelos jovens e uma grande preocupação em escrever para eles histórias pedagogicamente relevantes e importantes para o seu crescimento".
Inédito de Matilde Rosa Araújo publicado em outubro
Um texto inédito de Matilde Rosa Araújo, intitulado "Florinda e o Pai Natal", vai ser editado a título póstumo em outubro pela Calendário, disse à agência Lusa fonte da editora.
"Podíamos editá-lo agora, porque já está pronto, mas só sairá em outubro", acrescentou.
Matilde Rosa Araújo tem obra dispersa por várias editoras, mas tinha assinado recentemente pela Calendário, que editou "Lucilina e Antenor" e tencionava recuperar o catálogo mais antigo da escritora.
"A melhor forma agora de a homenagear é continuar a ler os seus livros", afirmou Francisco Madruga.
(Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.)
Com Lusa