A estreia literária, em volume, verificou-se com "A Garrana" (1943), que obteve o 1º. prémio de um concurso ("Procura-se um novelista") patrocinado pelo jornal matutino "O Século" e pelo Rádio Clube Português.
Mas foi só em 1956 que começou a publicar para crianças, com a edição, no nº. 3 da revista "Graal", dos "Poemas Infantis". No ano seguinte, "O Livro da Tila" vai dar início a uma vasta obra no domínio da literatura juvenil.
O seu último livro para crianças saiu em 2008, chamado "Lucilina e Antenor", ilustrado por Constança Lucas, uma artista plástica portuguesa que reside em São Paulo e cujos desenhos inspiraram Matilde Rosa Araújo a escrever esta história para crianças.
"Vocacionada para problemas de âmbito pedagógico, a sua obra ficcional caracteriza-se por uma tonalidade didáctico-moralizante, reflectindo o seu ponto de vista, nada ingénuo, sobre a evolução do estatuto da criança nas sociedades ocidentais", refere um nota biográfica no site da Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas.
Em 1980, a autora recebeu o Grande Prémio de Literatura para Crianças, da Fundação Calouste Gulbenkian, e o prémio para o melhor livro infantil, pela mesma fundação, em 1996, pelo seu trabalho "Fadas Verdes" (livro de poesias de 1994).
A Câmara Municipal da Trofa criou, em 2001 o Prémio Matilde Rosa Araújo para "criar e/ou consolidar hábitos de leitura e escrita", "promover a escrita criativa/valorizar a expressão literária" e "divulgar autores de língua oficial portuguesa" de Portugal, Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor.
Matilde Rosa Araújo recebeu o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique e, em Maio de 2004, foi distinguida com o Prémio Carreira, da Sociedade Portuguesa de Autores.

- Isabel Alçada realça contributo dos livros de Matilde Rosa Araújo no ensino
-
Inédito de Matilde Rosa Araújo, que morreu hoje, é publicado em Outubro