Crise na Ucrânia

Pelo menos 90 soldados ucranianos prisioneiros e 82 desaparecidos em Debaltseve

Pelo menos 90 soldados foram feitos prisioneiros e 82 estão dados como desaparecidos em Debaltseve após a retirada das tropas ucranianas desta cidade estratégica do leste da Ucrânia, anunciou hoje o serviço de imprensa do exército ucraniano.  

"Mais de 90 membros das forças armadas ucranianas foram capturados. O estado-maior ainda procura 82 soldados cujo destino é desconhecido", informou o exército ucraniano, que sublinha ter mobilizado "certas forças" para localizar os desaparecidos. 

Nesta operação de busca, o exército solicitou a ajuda da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), precisa o comunicado.  

O exército também confirmou a morte de 13 soldados, um número antes divulgado pelo diretor da morgue de Artemivsk, uma cidade situada a cerca de 30 quilómetros de Debaltseve. O exército acrescentou que 157 soldados ficaram feridos no decurso dos combates. 

Na manhã de quinta-feira, e citado pela agência russa Ria Novosti, o presidente do conselho supremo (parlamento) da república separatista de Donetsk, Denis Puchiline, afirmou que cerca de 3.000 soldados ucranianos foram mortos em Debaltseve. "Nesta guerra da informação, o inimigo sobrestima largamente o número de mortos e de prisioneiros", ironizou o exército ucraniano. 

Enquanto Kiev assegura que 80% das suas tropas retiraram deste nó ferroviário estratégico do leste, disparos de lança-foguetes múltiplos Grad efetuados pelas forças rebeldes foram escutados em redor de Debaltseve, controlada desde quarta-feira pelas forças separatistas. 

Lusa
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