Crise na Ucrânia

EUA apontam o dedo à Rússia, Conselho de Segurança pede investigação à queda de avião

O Conselho de Segurança das Nações Unidas pediu hoje uma "investigação internacional completa, minuciosa e independente" sobre o avião das linhas áreas da Malásia que se despenhou na Ucrânia, na quinta-feira, e provocou 298 mortos. No decorrer da reunião, a embaixadora norte-americana afirmou que o aparelho terá sido muito provavemente abatido por um míssil disparado de uma posição separatista pró-russa.

A embaixadora norte-americana na ONU afirmou que o avião foi muito provavelmente abatido por um míssil SA-11 lançado de uma localização ocupada pelos separatistas no leste da Ucrânia.

"Se de facto os separatistas apoiados pela Rússia estão por detrás deste ataque a um avião civil, eles e os seus apoiantes têm uma boa razão para esconder as provas do crime", disse Samantha Power na reunião de emergência. "Por isso é extremamente importante que uma investigação seja aberta de imediato".

Numa declaração unânime, os 15 países-membros do Conselho, sublinharam "a necessidade de todas as partes acordarem o acesso imediato ao local do acidente aos investigadores para determinar as razões deste incidente".

Pedem que a investigação seja conduzida "segundo as regras da aviação civil internacional, para determinar de maneira apropriada" os responsáveis.

O Conselho manifestou as suas "mais sinceras condolências aos familiares das vítimas, assim como aos povos e aos governos de todos aqueles que morreram na queda" do avião da companhia malaia.

No início da reunião de urgência do Conselho de Segurança, os embaixadores dos países membros também observaram um minuto de silêncio em homenagem às vítimas.

O avião da Malaysia Airlines, com 298 pessoas a bordo, fazia a ligação entre Amsterdão e Kuala Lumpur, tendo desaparecido dos radares da Ucrânia a uma altitude de 10.000 metros.

O Boeing-777 perdeu a comunicação com terra na região oriental de Donetsk, perto da cidade de Shaktarsk, e palco de combates entre forças governamentais ucranianas e rebeldes pró-russos.

Com Lusa

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