Na perspetiva do chefe da diplomacia do Kremlin, a recusa das autoridades ucranianas de prolongar o cessar-fogo entre o exército e os rebeldes federalistas pró-russos "torpedeou" todos os progressos entretanto registados para a resolução da crise.
"A recusa do presidente Petro Poroshenko de prolongar o cessar-fogo torpedeia o que foi acordado pelos dirigentes da Rússia, Alemanha, França e Ucrânia, e desencadeia um novo ciclo de derramamento de sangue com consequências imprevisíveis para o Estado ucraniano", declarou Lavrov citado em comunicado, e após uma conversa telefónica com o seu homólogo norte-americano John Kerry.
Em paralelo, Lavrov "exortou os Estados Unidos a esforçarem-se por convencer as autoridades ucranianas sobre a natureza nefasta do caminho escolhido", prossegue o comunicado.
"Os países envolvidos devem trabalhar em conjunto para obter um cessar-fogo imediato e duradouro, a resolução dos problemas humanitários mais urgentes e o início de verdadeiras conversações entre os dois campos" que se confrontam na Ucrânia, acrescenta o texto.
Kiev retomou hoje a sua operação militar contra os insurretos no leste da Ucrânia após recusar prolongar o cessar-fogo anunciado anteriormente, apesar das intensas pressões russas e europeias.
Lusa