O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia já emitiu um comunicado a condenar o incidente e a exigir uma investigação exaustiva das circunstâncias em que ocorreu.
"Ele estava inconsciente quando chegou e morreu a caminho da sala de operações", disse o diretor do hospital de Lugansk, Fedir Solyanyk, citado pela agência France Presse.
O médico precisou que Korneliuk apresentava ferimentos extensos no abdómen, aparentemente provocados por estilhaços de uma mina ou de uma granada.
Outro elemento da equipa de televisão, o técnico de som Anton Voloshin, está desaparecido desde o ataque, segundo a VGTRK. "Não sabemos nada de Anton, ainda não conseguimos comunicar com ele", disse fonte do gabinete de imprensa da televisão à agência Interfax.
Fontes das autoridades auto-proclamadas de Donetsk, região vizinha de Lugansk, disseram por seu lado à agência RIA Novosti que Voloshin morreu no ataque, perpetrado com lança-granadas.
O terceiro elemento da equipa, o operador de câmara Viktor Denisov, sobreviveu por se encontrar a cerca de 200 metros dos outros dois, segundo explicou o próprio em declarações à televisão.
Em Moscovo, o Ministério dos Negócios Estrangeiros emitiu um comunicado em que condena o incidente e exige uma investigação.
"Exigimos que as autoridades ucranianas façam uma investigação objetiva desta tragédia e punam severamente os culpados", lê-se no comunicado. "Esperamos que os 'media' internacionais condenem com determinação e sem ambiguidade mais este crime das forças ucranianas", acrescenta.
Korneliuk é o segundo jornalista morto desde o início da operação militar lançada pelo governo da Ucrânia contra os separatistas pró-russos do leste do país.
Em finais de maio, o fotojornalista italiano Andrea Roccheli morreu vítima de disparos nos arredores de Slaviansk, Donetsk, bastião da rebelião pró-russa.
Lusa