A tensão não diminuiu com a assinatura do acordo de Genebra, na quinta-feira passada, e as forças separatistas de várias cidades do leste ucraniano anunciaram um referendo para 11 de maio sobre uma união com a Rússia.
"Está na altura de parar de falar e começar a agir (...) Devemos ver medidas serem tomadas sem atraso, o tempo é curto", disse Biden à imprensa em Kiev, lado a lado com o primeiro-ministro interino da Ucrânia, Arseni Iatseniuk.
Biden insistiu com Moscovo para "retirar as suas tropas" junto à fronteira e de "deixar de apoiar os homens que se escondem atrás de máscaras", uma referência às forças pró-russas do leste.
Se a Rússia continuar com "as suas provocações", sujeita-se a "mais custos e a um maior isolamento".
Os Estados Unidos já aplicaram sanções a altos responsáveis do círculo próximo do presidente russo, Vladimir Putin, após a anexação da península ucraniana da Crimeia.
Numa segunda fase, ameaçam visar setores da economia russa, enfraquecida nas últimas semanas pela fuga de capitais.
O acordo de Genebra, assinado na quinta-feira, prevê entre outras medidas o desarmamento de todos os grupos ilegais e a evacuação de todos os edifícios públicos ocupados em Kiev, onde se mantêm manifestantes acampados na praça Maidan, ou no leste do país, onde forças separatistas tomaram edifícios governamentais em várias cidades.
Horas antes das declarações de Biden, o primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, desvalorizou as ameaças, mas advertiu que resistirá a eventuais novas sanções.
"É um caminho sem saída. Mas se alguns dos nossos parceiros ocidentais decidirem mesmo assim fazê-lo, não teremos outra alternativa que não enfrentá-las com as nossas próprias forças. E vamos ganhar", disse num discurso perante a câmara baixa do parlamento russo (Duma).
Com Lusa