Crise na Ucrânia

EUA e UE impõem sanções contra responsáveis ucranianos e russos

O Presidente norte-americano, Barack Obama,  decretou sanções contra 11 altos responsáveis russos e ucranianos, incluindo  o Presidente destituído pró-russo Viktor Ianukovich, em resposta ao referendo  sobre a integração da península autónoma ucraniana da Crimeia na Rússia. Também a União Europeia (UE) adotou hoje sanções contra 21 pessoas consideradas como responsáveis pela integração da república  autónoma ucraniana da Crimeia na Rússia, anunciou o chefe da diplomacia lituana na rede social Twitter. 

Sete altos responsáveis russos figuram entre os visados pelas medidas  norte-americanas, nomeadamente o congelamento de bens, indicou a administração  norte-americana. 

 

Na lista constam os nomes do vice-primeiro-ministro russo, Dmitri Rogozine,  da presidente do Conselho da Federação (câmara alta do Parlamento russo),  Valentina Matvienko, de dois conselheiros próximos do Presidente russo Vladimir  Putin e de dois deputados da Duma (câmara baixa do Parlamento russo). 

 

Do lado ucraniano, as sanções de Washington abrangem dois líderes separatistas  da Crimeia, o Presidente destituído pró-russo Viktor Ianukovich e um conselheiro  do antigo governante. 

 

O anúncio da administração norte-americana ocorreu momentos depois de  a União Europeia (UE), através do chefe da diplomacia lituana Linas Linkevicius,  ter confirmado a adoção de sanções contra 21 pessoas, russas e ucranianas,  consideradas como responsáveis pela reunificação da Crimeia com a Rússia.

 

Fontes diplomáticas precisaram que as sanções europeias visam 13 responsáveis  russos e oito ucranianos pró-russos. 

Linas Linkevicius referiu ainda que a UE irá decretar "sanções suplementares  nos próximos dias".  

 

Os ministros europeus dos Negócios Estrangeiros estão hoje reunidos  em Bruxelas para discutir as medidas a adotar após o referendo de domingo  na Crimeia. 

 

Antes da reunião, a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton,  afirmou que a UE deverá enviar "a mensagem mais forte possível" à Rússia.

Um total de 96,6% dos votantes da Crimeia votou a favor da reunificação  com a Rússia no referendo de domingo. 

 

O parlamento da Crimeia aprovou hoje em sessão extraordinária os resultados  do referendo e, seguidamente, pediu ao Presidente russo, Vladimir Putin,  para que aceite aquela república ucraniana no seio da Federação Russa. 

 

O referendo é considerado ilegal pelas novas autoridades de Kiev e pela  maioria da comunidade internacional. Só Moscovo defende que se trata de  uma consulta "legítima". 

 

As autoridades autónomas da Crimeia convocaram o referendo na sequência  da deposição do Presidente ucraniano pró-russo Viktor Ianukovich, em fevereiro,  após três meses de violentos protestos em Kiev, liderados pelas forças da  oposição. 

 

Depois da destituição de Ianukovich, forças pró-russas assumiram o controlo  da península, localizada no sul da Ucrânia. 

Com Lusa

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