Além da Ucrânia, que deverá ser o tema dominante deste Conselho de Negócios Estrangeiros, os governantes irão ainda abordar a parceria da União Europeia para o Leste, o processo de paz no Médio Oriente, a próxima cimeira com África, a 02 e 03 de abril, e a diplomacia energética, com a presença do comissário europeu desta área, o alemão Gnther Oettinger.
Há duas semanas, num conselho extraordinário de chefes de Estado e de Governo, a União Europeia suspendeu as negociações para a isenção de vistos com a Rússia, por causa da situação na Ucrânia.
Na altura, o presidente do Conselho, Herman van Rompuy, admitiu avançar para sanções económicas contra Moscovo, no caso de não haver um desanuviamento da situação.
Já o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, defendeu no final desse encontro que os responsáveis europeus devem procurar "uma solução política e diplomática" e "não tanto uma espécie de sinalização de ameaças".
No entanto, fontes diplomáticas em Bruxelas admitem às agências internacionais que já está a ser feito trabalho preparatório para aumentar as sanções à Rússia e que existem várias dezenas de cidadãos russos e ucranianos que poderão ser diretamente visados.
Segundo o presidente da Comissão Eleitoral da Crimeia, Mikhailo Malychev, um total de 96,6% dos votantes da Crimeia votou a favor da reunificação com a Rússia no referendo de domingo, tendo já esta manhã o parlamento aprovado uma resolução a declarar-se independente da Ucrânia e pedido oficialmente a anexação da península à Rússia.
Na sexta-feira, a Casa Branca anunciou também que o vice-Presidente norte-americano, Joe Biden, vai viajar para a Polónia e Lituânia no início da próxima semana para discutir com os aliados na região a crise provocada pela intervenção militar russa na península ucraniana da Crimeia.
Lusa