Crise na Ucrânia

Primeiro-ministro ucraniano denuncia agressão militar russa na ONU

O primeiro-ministro ucraniano, Arseni Iatseniuk, denunciou hoje a “agressão militar” russa durante a sessão de emergência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Além disso, Arseni Iatseniuk admitiu que existe uma solução pacífica para o conflito e alertou que a iniciativa de Moscovo pode minar o esforço esforços para a não-proliferação nuclear. 

O primeiro-ministro ucraniano disse que o seu país "está a enfrentar uma agressão militar por parte de um país vizinho [Rússia], que é um membro permanente" do Conselho de Segurança da ONU.

"Existe a oportunidade de resolver o conflito de forma pacífica", defendeu Arseni Iatseniuk.

Por isso, o primeiro-ministro da Ucrânia pediu a retirada das tropas russas.

O chefe interino do Governo de Kiev acusou a Federação Russa de "violar vários tratados" e "minar os esforços da não-proliferação nuclear", explicando que agora "será difícil convencer alguém a não adquirir armas nucleares", quando o Memorando de Budapeste de 1994 é desrespeitado desta forma. 

Ao terem assinado o Memorando de Budapeste de 1994, a  Federação Russa, os EUA e o Reino Unido garantiram "a independência, a soberania e as fronteiras existentes da Ucrânia" que, em troca, aceitou retirar todas as armas nucleares colocadas no seu território durante a era soviética.  

A curta intervenção do primeiro-ministro ucraniano ocorreu um dia depois de obter o apoio total do Presidente norte-americano, Barack Obama, em Washington. 

Os russos e os seus apoiantes mantêm a organização do referendo sobre a integração da Crimeia na Rússia, agendada para domingo, na Crimeia.


Lusa

Últimas