Crise na Ucrânia

Kiev diz que enviado para a Crimeia foi retido por homens armados e ONU confirma  

A diplomacia ucraniana divulgou que Robert Serry,  enviado especial da ONU para a Crimeia (sul da Ucrânia), foi hoje retido por homens armados e vestidos com uniformes em Simferopol, a capital da  república autónoma ucraniana.  

Momentos depois da divulgação desta informação, um alto responsável  da ONU confirmou que Serry tinha sido ameaçado por homens armados e que  tinha sido forçado a regressar ao hotel, garantindo que o enviado especial  está bem.  

"O veículo (do enviado especial) foi bloqueado em Simferopol por homens  armados não identificados", afirmou, em declarações à agência francesa AFP,  um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Evguen Perebyinis.

"Tentaram inicialmente forçá-lo a ir para o aeroporto, mas ele  1/8Robert  Serry 3/8 recusou. Continuam a retê-lo", acrescentou o representante ucraniano,  sem dar mais pormenores sobre a localização do enviado especial.  

O vice-secretário-geral da ONU, Jan Eliasson, afirmou entretanto numa  videoconferência, realizada a partir de Kiev, que Serry estava "em frente  da sede das forças navais" quando foi abordado por "homens não identificados"  e armados que tentaram intimidar e obrigar o enviado especial "a deixar a Crimeia". 

Jan Eliasson está na capital ucraniana no âmbito de uma missão das Nações  Unidas. 

Um jornalista do canal de televisão britânico ITV, James Mates, que  acompanhava o enviado especial, escreveu na rede social Twitter que o carro  de Serry foi abordado por homens armados quando este visitava as instalações  da Marinha. 

De acordo com o repórter britânico, o enviado especial recusou-se a  seguir os homens e saiu do carro pelo próprio pé, tendo entrado depois num  café que ficava nas imediações. 

O jornalista acrescentou que os homens, que usavam braçadeiras "pró-russas  pretas e douradas", ficaram na rua, de forma a impedir que Robert Serry  saísse do café. 

 

     

Lusa 

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