O pacote, especificou José Manuel Durão Barroso em conferência de imprensa, combina verbas do orçamento da União Europeia, do Banco Europeu de Investimento (BEI) e do Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento (BERD).
Do orçamento da UE vão sair três mil milhões de euros nos próximos anos, 1,6 mil milhões de ajudas macrofinanceiras (empréstimos) e 1,56 mil milhões de ajuda ao desenvolvimento (subvenções).
Durão Barroso sublinhou que a ajuda macroeconómica poderá ser enviada já nas próximas semanas.
Por seu lado, o BEI irá financiar a Ucrânia numa verba que pode ir até aos três mil milhões de euros e o BERD em cinco mil milhões.
Este pacote, de curto e médio prazo, será discutido na quinta-feira pelos chefes de Estado e de Governo da UE, que se reúnem num Conselho Europeu extraordinário, convocado para debater a Ucrânia.
Na conferência de imprensa, Durão Barroso salientou ainda que "cabe ao povo ucraniano decidir o seu futuro" e apelou à resolução através do diálogo da situação na Crimeia, acrescentando acreditar que "ninguém se oporá ao envio de observadores internacionais" para a república autónoma.
A tensão entre a Ucrânia e a Rússia agravou-se na última semana, após a queda do ex-presidente Viktor Ianukovich, por causa da Crimeia, península do sul do país onde se fala russo e está localizada a frota da Rússia do Mar Negro.
A crise na Ucrânia começou em novembro com protestos contra a decisão de Ianukovich de recusar a assinatura de um acordo de associação com a UE e promover uma aproximação à Rússia.