Crise na Ucrânia

Durão Barroso quer respeito pela integridade territorial da Ucrânia

O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso,  sublinhou hoje a necessidade de respeito pela integridade territorial da  Ucrânia face aos acontecimentos na Crimeia. 

© Sebastien Pirlet / Reuters

Numa iniciativa cultural consagrada à Europa, em Berlim, Durão Barroso  afirmou que "os desafios da Crimeia devem ser abordados num quadro de respeito  da unidade e soberania ucranianas". 

"Espero que a comunidade internacional aplique estes princípios (...)  e assegure a paz regional e internacional", acrescentou. 

Na mesma ocasião, a chanceler alemã, Angela Merkel, manifestou-se "inquieta"  com os acontecimentos na Crimeia. 

"O que se vive atualmente na Crimeia inquieta-nos", declarou a governante,  sublinhando a importância de "preservar a integridade territorial" do país.

Na Rússia, entretanto, o porta-voz do presidente Vladimir Putin garantiu  que ainda não foi tomada uma decisão sobre o recurso a uma ação militar  na Ucrânia. 

A aprovação do uso do exército é um "ponto de vista do Conselho da Federação  (senado). É o presidente que toma a decisão e neste momento ainda não há  uma decisão nesse sentido", afirmou Dmitri Pskov, citado pela agência oficial  de notícias Ria Novosti. 

Por seu lado, o ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, William  Hague, considerou a decisão do senado russo como uma "ameaça potencialmente  grave para a soberania" da Ucrânia. 

"Estou muito preocupado com a escalada de tensão na Ucrânia e a decisão  do senado russo de autorizar uma ação militar em solo ucraniano contra a  vontade do governo ucraniano", justificou, em comunicado. 

A câmara alta do parlamento russo aprovou hoje, por unanimidade, um  pedido do presidente Vladimir Putin para autorizar "o recurso às forças  armadas russas no território da Ucrânia". 

Esta decisão seguiu-se horas depois da denúncia da Ucrânia, na sexta-feira,  de que a Rússia fez uma "invasão armada" na Crimeia, península do sul do  país onde se fala russo e está localizada a frota da Rússia do Mar Negro.

O Presidente ucraniano interino, Oleksandr Turchinov, já pediu a Vladimir  Putin para "terminar imediatamente a sua agressão ostensiva e retirar os  seus militares da Crimeia". 

Depois de um apelo do Governo de Kiev, o Conselho de Segurança da ONU  vai reunir-se hoje para uma segunda ronda de discussões em 24 horas devido  à escalada de tensão na Ucrânia. 

A AFP noticiou hoje a presença de dezenas de homens mascarados e com uniforme, mas sem qualquer insígnia, que tomaram posições junto ao edifício  do parlamento regional da Crimeia. 

 

     

 

Lusa

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