"Rússia! Rússia", entoavam os manifestantes, com bandeiras do país nas mãos, enquanto alguns improvisavam um palco onde vários oradores afirmaram apoiar "a aspiração da Crimeia em juntar-se à Rússia".
Homens armados tomaram o controlo, nos últimos dias, de vários aeroportos e de edifícios públicos na Crimeia, península no Sul da Ucrânia pró-russa e que tem sido alvo de tensões separatistas.
A Ucrânia denunciou na sexta-feira uma "invasão armada" russa, com mais de dois mil soldados, na Crimeia, península do sul do país onde se fala russo, região que tem sido afetada por tensões separatistas e que abriga a frota da Rússia do Mar Negro.
Entretanto, hoje, o chefe da Defesa da Ucrânia acusou a Rússia de ter enviado 6.000 soladores e 30 veículos blindados para a Crimeia
O Presidente ucraniano interino, Oleksandr Turchinov, já pediu ao líder russo, Vladimir Putin, para "terminar imediatamente a sua agressão ostensiva e retirar os seus militares da Crimeia".
O Governo de Kiev pediu também o apoio do Conselho de Segurança da Organização da ONU para travar a crise na península da Crimeia e defender a sua integridade territorial, mas avisou que tem capacidade para se defender de agressões.
A AFP noticiou hoje de manhã a presença de dezenas de homens mascarados e com uniforme, mas sem qualquer insígnia, que tomaram posições junto ao edifício do parlamento regional da Crimeia.
Lusa