Orçamento do Estado 2014

Governo quer criar sorteio para atribuir prémio a quem pede faturas

O Executivo pretende receber autorização legislativa  para lançar um sorteio para a atribuição de um prémio aos cidadãos que peçam  fatura com número de identificação fiscal, segundo a proposta de Orçamento  de Estado para 2014 entregue na Assembleia da República. 

© Leonhard Foeger / Reuters

"Fica o Governo autorizado a aprovar um regime que institua e regulamente  a elaboração de um sorteio específico para a atribuição de um prémio às  pessoas singulares com um número de identificação fiscal associado a uma  fatura comunicada" à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), lê-se no documento.

Segundo a proposta do Executivo, "a atribuição do prémio visa, em conjunto  com outras medidas, a prevenção da fraude e evasão fiscais, valorizando  a atuação dos cidadãos na exigência de fatura comprovativa da existência  de uma operação tributável localizada em território nacional". 

Quanto ao valor total dos prémios a atribuir, o mesmo "deve ficar legalmente  estabelecido", em cada ano. 

"O valor anual dos prémios deve ser suportado como despesa inscrita  no Orçamento de Estado ou como abatimento à receita do IVA" e "a aquisição  dos prémios é assegurada pela AT, podendo, para estes efeitos, ser estipulado  um regime específico de contratação", especifica o Governo. 

A proposta de lei do Orçamento do Estado entregue hoje no Parlamento  pela ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, prevê que seja "aplicada  uma redução remuneratória progressiva entre 2,5% e 12%, com caráter transitório,  às remunerações mensais superiores a 600 euros de todos os trabalhadores  das Administrações Públicas e do Setor Empresarial do Estado, sem qualquer  exceção, bem como dos titulares de cargos políticos e outros altos cargos  públicos". 

O subsídio de Natal dos funcionários públicos e dos aposentados, reformados  e pensionistas vai ser pago em duodécimos no próximo ano, segundo a proposta,  que mantém a aplicação da Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES)  sobre as pensões. 

No documento, o Governo refere que o défice orçamental deste ano vai  resvalar para os 5,9% do PIB, superando os 5,5% definidos para 2013 entre  o Governo e a 'troika' e confirma as previsões macroeconómicas, apontando  para um crescimento económico de 0,8% e uma taxa de desemprego de 17,7%  em 2014. 

Lusa    

 

     

 

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