Num vídeo divulgado hoje na rede social Facebook, Seddique Mateen refere estar triste pelo massacre que provocou 49 mortos numa discoteca principalmente destinada a homossexuais, e descreveu Omar Mateen como um "filho bom e educado".
"Estou profundamente triste e transmiti isso ao povo da América", declarou no vídeo de cerca de três minutos, em dari, o principal idioma falado no Afeganistão, mostrando-se incrédulo que o filho tenha efetuado o tiroteio durante o mês santo do ramadão.
"Compete a Deus punir os homossexuais. Não aos servos", defendeu o afegão que habita nos EUA, sentado em frente de uma bandeira do seu país natal.
Seddique Mateen é uma celebridade nos círculos políticos afegãos, através de um programa de televisão em que expressa opiniões, apresentando-se, por vezes, com vestuário militar.
Num dos seus vídeos, sentado como estadista, em frente a uma bandeira, louva os talibans como os seus "irmãos guerreiros".
As autoridades afegãs optam por algum distanciamento da família Mateen, dizendo não saber quando o pai deixou o país de origem.
"O que podemos dizer é que ele é um cidadão norte-americano de origem afegã. Vive nos EUA há décadas e é tudo o que sabemos pelos media", disse à AFP uma fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros, que pediu anonimato.
O movimento extremista Estado Islâmico reclamou a iniciativa do tiroteio, dizendo numa informação transmitida pela radio que foi realizado por "um dos soldados do califado".
Na madrugada de domingo, um homem identificado como Omar Mateen, cidadãos norte-americano de origem afegã, entrou na discoteca Pulse, em Orlando, na Florida, e abriu fogo contra os clientes, causando 49 mortos e 53 feridos.
O presidente dos EUA, Barack Obama, referiu que o FBI está a investigar o caso como "um ato de terrorismo".
Com Lusa