Numa nota interna distribuída aos colaboradores da Câmara Municipal de Cascais indica-se que "será justificada a ausência do trabalho aos que pretendam acompanhar as cerimónias fúnebres do Dr. Mário Soares", pedindo apenas que "essa manifestação de vontade seja reportada às respetivas chefias, por razões de planeamento do trabalho e das equipas".
A dispensa é válida para hoje e terça-feira, dia do funeral do ex-Presidente da República.
Mário Soares morreu no sábado no Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa, onde estava internado há 26 dias, desde 13 de dezembro.
O Governo decretou três dias de luto nacional, entre hoje e quarta-feira.
O corpo do antigo Presidente da República vai estar em câmara ardente no Mosteiro dos Jerónimos a partir das 13:00, e o funeral realiza-se a partir das 15:30 de terça-feira, no Cemitério dos Prazeres, em Lisboa.
Nascido a 07 de dezembro de 1924, em Lisboa, Mário Alberto Nobre Lopes Soares, advogado, combateu a ditadura do Estado Novo e foi fundador e primeiro líder do PS.
Após a revolução do 25 de Abril de 1974, regressou do exílio em França e foi ministro dos Negócios Estrangeiros e primeiro-ministro entre 1976 e 1978 e entre 1983 e 1985, tendo pedido a adesão de Portugal à então Comunidade Económica Europeia (CEE), em 1977, e assinado o respetivo tratado, em 1985.
Em 1986, ganhou as eleições presidenciais e foi Presidente da República durante dois mandatos, até 1996.