"Em minha opinião, a atribuição da pasta da Cultura a um ministro com o peso político pessoal que uma figura como João Soares terá necessariamente no seio do Governo, é um sinal da prioridade política dada pelo primeiro-ministro [António Costa] a esta área, e uma garantia de que lhe serão dados os meios necessários para a concretização do programa cultural do Partido Socialista", disse à Lusa Vieira Nery, que foi secretário de Estado da Cultura do XIII Governo Constitucional, liderado por António Guterres.
Nery recordou ainda que o programa do PS para a Cultura foi "subscrito na íntegra pelas demais forças políticas que apoiam o seu Governo no parlamento", designadamente PCP, Bloco de Esquerda e Os Verdes.
"João Soares tem provas dadas de sensibilidade para com este setor, que geriu com excelentes resultados na Câmara de Lisboa, e tem o dinamismo necessário para a tarefa tremenda da reconstrução de um ministério que tinha sido literalmente dinamitado pelo Governo anterior", rematou Rui Vieira Nery.
João Soares, de 66 anos, está nomeado para a pasta da Cultura do XXI Governo Constitucional, sendo a primeira vez que assume funções governativas, depois de ter sido vereador e presidente da Câmara de Lisboa, entre outras funções, como as de eurodeputado, de 1994 a 1995, e membro do Conselho de Estado, de 1999 a 2002.
Lusa