"Os trabalhadores devem fazer do dia 04 de outubro um dia nacional de luta dos trabalhadores. O voto é uma forma de luta contra quem nos tem feito mal e contra quem nos quer fazer mal", disse a sindicalista à agência Lusa.
Ana Avoila lembrou que os trabalhadores da função pública e as suas familias totalizam quase dois milhões de eleitores, que podem contestar, através do voto, as políticas que têm sido aplicadas na administração pública.
"Não podemos aceitar que continuem a tratar-nos mal", disse, acrescentando que os programas eleitorais dos partidos do Governo e do PS "pouco têm relativamente à situação dos trabalhadores da Administração pública".
A coordenadora da Frente Comum apresentou hoje um documento com as "linhas gerais para a construção da proposta reivindicativa comum para 2016", que deverá ser aprovada em cimeira de sindicatos a 21 de outubro e posteriormente apresentada ao futuro Governo.
A Frente Comum reivindica a reposição imediata dos salários e pensões, com cortes desde 2011, e um aumento salarial de 4% para 2016, que garanta pelo menos um acréscimo de 50 euros a todos os trabalhadores.
A Frente Comum reivindica ainda o aumento do subsídio de refeição dos atuais 4,27 euros para os 6,50 euros e a atualização das restantes matérias pecuniárias em 4%.
A reposição do pagamento do trabalho extraordinário nos anteriores valores e do horário semanal de trabalho nas 35 horas são outras das exigências da estrutura sindical da CGTP.
Ana Avoila defendeu ainda a necessidade de revogação da legislação que tem agravado a situação dos funcionários públicos, nomeadamente a que instituiu o regime de requalificação.
O fim da precariedade na administração pública, a reposição da aposentação com 36 anos de serviço e 60 de idade sem penalizações e a revogação da sobretaxa são também reivindicadas pela Frente Comum.
Lusa