"Mesmo no caso de aplicar integralmente" as medidas de austeridade e as reformas indicadas ao país, "a Grécia precisa de um alívio da sua dívida e de objetivos orçamentais e de crescimento credíveis", conclui o relatório, considerando "irrealista" o objetivo de excedente orçamental primário (sem os encargos com a dívida) de 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) fixados pela zona euro a partir de 2018.
O alívio - quando a dívida pública grega atinge cerca de 180% do PIB apesar dos três programas sucessivos de assistência financeira ao país pela União Europeia e FMI desde 2010 - deve ser concedido pelos "parceiros europeus", insistiu a enviada à Grécia do FMI, Delia Velculescu, numa conferência de imprensa telefónica.
Velculescu congratulou-se por os parceiros europeus da Grécia terem concordado com esse princípio em maio, mas defendeu que as negociações devem continuar e que as medidas para um alívio devem ser especificadas.
Para que o FMI participe financeiramente no programa de assistência concedido ao país pela zona euro em julho de 2014, é preciso que as medidas impostas a Atenas sejam cumpridas e que haja "um alívio significativo da dívida", repetiu.
Lusa