Em mensagens divulgadas
na rede social Twitter, horas antes do início de uma reunião decisiva do Eurogrupo sobre a Grécia, Tsipras considera que esta "posição invulgar" de certas instituições "parece indicar que ou não há interesse num acordo, ou que estão a ser protegidos interesses especiais".
"A repetida rejeição de medidas equivalentes por certas instituições nunca aconteceu antes, nem com a Irlanda, nem com Portugal", começou por escrever Tsipras, acrescentando então que essa atitude pode ser interpretada como a falta de vontade em ser alcançado um compromisso.
Já esta manhã, fontes do governo grego revelaram que Alexis Tsipras criticou o FMI, em conversa com os seus colaboradores, por não aceitar algumas das propostas gregas para desbloquear a última tranche do programa de assistência financeira a Atenas.
Tsipras queixou-se "da insistência de certas instituições que não aceitam medidas compensatórias", disse uma fonte. E acrescentou que "esta posição estranha esconde duas possibilidades: ou eles não querem concordar ou servem interesses específicos na Grécia".
As declarações foram proferidas antes de partir para Bruxelas, onde o chefe do Governo grego se reúne hoje com o presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, a diretora do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, e o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.
Também esta quarta-feira os ministros das Finanças da zona euro voltam a reunir-se em Bruxelas, para tentar alcançar um acordo que afaste o cenário de uma saída da Grécia da zona euro.
Com Lusa