Economia

BCE volta a aumentar limite da ajuda de urgência à banca grega

O Banco Central Europeu (BCE) aumentou hoje, pela quinta vez em oito dias, a liquidez de urgência aos bancos gregos, segundo avançou à AFP uma fonte do setor bancário grego.

O BCE está preparado para voltar a intervir a qualquer momento para ajudar os bancos helénicos, que estão a sofrer com a retirada avultada de depósitos nos últimos dias, devido à incerteza que continua a pesar sobre o destino do país, disse a mesma fonte, que não precisou qual o montante em causa.

Pouco depois de o Syriza ter chegado ao poder no final de janeiro, a instituição liderada por Mario Draghi terminou uma exceção favorável à Grécia: até àquela altura, o BCE concedia empréstimos normalmente aos bancos gregos mas não exigia que os títulos tivessem o 'rating' mínimo exigido pelo banco central como garantia.

Depois, o BCE passou a fazer empréstimos semanais, se necessário, no âmbito desta linha de liquidez de urgência, mas a uma taxa de juro mais alta.

Na segunda-feira, o limite desta ajuda tinha chegado aos 84,1 mil milhões de euros, mas nenhum dos quatro aumentos subsequentes foi quantificado.

Esta decisão surge no dia em que os ministros das Finanças da zona euro voltam a reunir-se em Bruxelas, na tentativa de chegar a um acordo de última hora com Atenas, que afaste o cenário de uma saída da Grécia da zona euro.

Numa semana decisiva e recheada de reuniões em Bruxelas, à medida que se aproxima rapidamente a data limite para um acordo -- o atual programa de assistência à Grécia expira a 30 de junho, data em que Atenas deve também pagar 1,6 mil milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI) --, o Eurogrupo tem a sua segunda reunião no espaço de três dias, para apreciar as mais recentes propostas do Governo de Alexis Tsipras, que chegaram a Bruxelas na segunda-feira de manhã.

A reunião do fórum de ministros da zona euro de segunda-feira, assim como a cimeira de chefes de Estado e de Governo dos 19 Estados-membros do euro realizada no mesmo dia, foram inconclusivas, porque não houve tempo para uma avaliação detalhada das últimas propostas das autoridades gregas, que foram no entanto saudadas pela generalidade dos credores internacionais.

Hoje, os ministros das Finanças da zona euro vão discutir um eventual compromisso já com base na apreciação mais aprofundada levada a cabo desde segunda-feira pelas instituições envolvidas nas negociações, Comissão Europeia, Banco Central Europeu e FMI.


Lusa

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