Europeias 2019

Nuno Melo acusa Costa de "esconder" cabeça de lista do PS às europeias

Cabeça-de-lista do CDS-PP às eleições europeias critica António Costa e Pedro Marques.

JOSÉ SENA GOULÃO

O cabeça-de-lista do CDS-PP às eleições europeias, Nuno Melo, acusou esta quarta-feira António Costa de "esconder" o número um do PS, pedindo aos eleitores "uma moção de censura" ao Governo no próximo dia 26 de maio.

Em declarações aos jornalistas depois de entregar a lista do CDS-PP às europeias no Tribunal Constitucional, Nuno Melo disse que gostaria de, nesta campanha, "falar de Europa", e lamentou já ter visto Pedro Marques "em jogos de futebol ou no Carnaval de Loulé", mas nunca ter conseguido debater com o cabeça de lista do PS.

"É muito extraordinário que um primeiro-ministro que é secretário-geral de um partido que tem como mensagem 'Somos Europa' depois diga que pretende que estas eleições sejam uma avaliação de desempenho do Governo e um voto de confiança no Governo", criticou.

Nuno Melo acusou António Costa de "andar a esconder o cabeça de lista do PS" às europeias e o facto de Pedro Marques ser também apontado como "cabeça de lista" à Comissão Europeia, uma vez que já foi apontado como hipótese para próximo comissário europeu por Portugal.

"Já vi o dr. Pedro Marques em jogos de futebol, já vi o dr. Pedro Marques no Carnaval de Loulé, nunca consegui ver o dr. Pedro Marques sentado numa mesa ao meu lado a debater. Cada um dá relevo ao que entende", apontou.

Quanto ao Governo, o candidato do CDS ao Parlamento Europeu referiu que, se o primeiro-ministro quer que as europeias funcionem como "uma moção de confiança ao Governo", o CDS pedirá o oposto.

"O que peço a cada eleitor é que faça, destas eleições, uma moção de censura ao Governo", afirmou, reiterando o pedido de "censura forte" que a líder do CDS-PP, Assunção Cristas, já tinha feito na terça-feira.

Quanto às expectativas de resultados, Nuno Melo apontou que será "igualar ou superar" os dois eurodeputados conseguidos em 2009, quando o partido concorreu sozinho, apesar de este ano serem necessários mais votos do que então para os mesmos mandatos (Portugal elege menos um eurodeputado).

"Avaliando a história, perceberemos rapidamente que o CDS teve melhor resultado sozinho do que coligado", afirmou, quando questionado sobre o parceiro de coligação das últimas europeias, o PSD, nas quais o CDS apenas elegeu um eurodeputado.

Lusa

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