Segundo fonte hospitalar, entre este grupo contam-se um caso confirmado de infeção, o da auxiliar de enfermagem Teresa Romero Ramos, de dois "casos em investigação" e de cinco considerados "contactos de risco".
Todos estão isolados em quartos no 5.º e no 6.º andar do Hospital Carlos III.
O número total aumentou com a entrada no hospital de um médico do serviço de emergência Summa, que se somou ao de outro médico de Alcorcon, ambos assintomáticos.
Os dois casos em investigação são um homem e uma mulher, ambos enfermeiros e ainda à espera de realizar a primeira análise ao vírus do Ébola.
Os cinco outros estão "em vigilância ativa" por serem contactos de risco são os dois que entraram hoje, o marido da doente infetada e dois médicos que estão também assintomáticos.
O balanço atualizado é assim de quatro médicos, todos eles por contactos com a doente infetada, dois enfermeiros que integraram as equipas que atenderam os dois missionários espanhóis que morreram em Madrid com Ébola, depois de serem transferidos de África, o marido da doente infetada e esta.
Fonte hospitalar confirmou à Lusa hoje, ao final da tarde, que o estado de saúde da auxiliar de enfermagem espanhola infetada com Ébola se tinha agravado de manhã mas que esta mas não está entubada.
A mesma fonte recordou que Teresa Romero Ramos pediu expressamente que nenhum dado preciso sobre o seu estado de saúde fosse comunicado publicamente.
"A informação que temos é que o seu estado se agravou durante a manhã. Mas não está entubada", confirmou à Lusa, escusando-se a dar mais pormenores.
Esta informação contradiz uma declaração do irmão da paciente, Romero Ramos, que disse ao jornal 'La Voz de Galicia' que a irmã "está entubada e apresenta problemas pulmonares" e que os médicos estão a considerar recorrer a outro medicamento.
A fonte ouvida pela Lusa não pode igualmente confirmar algumas notícias da imprensa espanhola, que dão conta de um novo agravamento no estado de saúde da paciente.
A informação para já disponível - quando ainda não está concluída a investigação sobre as circunstâncias da infeção - sugere que uma cadeia de erros terá permitido o contágio da auxiliar de enfermagem.
A própria admitiu que terá tocado na cara quando retirava o fato protetor que usou quando entrou no quarto do missionário Manuel García Viejo, a segunda vítima mortal espanhola do vírus, que foi transferido de África e morreu em Madrid.
Paralelamente funcionários sanitários continuam a culpar as autoridades pela falta de formação dada às equipas envolvidas na resposta ao Ébola, com dúvidas sobre o tipo de fatos protetores usados e outros procedimentos.