Ébola

Pelo menos oito pessoas isoladas em observação em Madrid devido ao Ébola

O número de pessoas isoladas em observação em dois andares do Hospital Carlos III, em Madrid, no âmbito do protocolo de prevenção do Ébola, aumentou para oito, segundo informação fornecida esta quinta-feira à Lusa, ao início da noite.

Segundo fonte hospitalar, entre este grupo contam-se um caso confirmado de infeção, o da auxiliar de enfermagem Teresa Romero Ramos, de dois "casos em investigação" e de cinco considerados "contactos de risco".

Todos estão isolados em quartos no 5.º e no 6.º andar do Hospital Carlos III.

O número total aumentou com a entrada no hospital de um médico do serviço de emergência Summa, que se somou ao de outro médico de Alcorcon, ambos assintomáticos.

Os dois casos em investigação são um homem e uma mulher, ambos enfermeiros e ainda à espera de realizar a primeira análise ao vírus do Ébola.

Os cinco outros estão "em vigilância ativa" por serem contactos de risco são os dois que entraram hoje, o marido da doente infetada e dois médicos que estão também assintomáticos.

O balanço atualizado é assim de quatro médicos, todos eles por contactos com a doente infetada, dois enfermeiros que integraram as equipas que atenderam os dois missionários espanhóis que morreram em Madrid com Ébola, depois de serem transferidos de África, o marido da doente infetada e esta.

Fonte hospitalar confirmou à Lusa hoje, ao final da tarde, que o estado de saúde da auxiliar de enfermagem espanhola infetada com Ébola se tinha agravado de manhã mas que esta mas não está entubada.

A mesma fonte recordou que Teresa Romero Ramos pediu expressamente que nenhum dado preciso sobre o seu estado de saúde fosse comunicado publicamente.

"A informação que temos é que o seu estado se agravou durante a manhã. Mas não está entubada", confirmou à Lusa, escusando-se a dar mais pormenores.

Esta informação contradiz uma declaração do irmão da paciente, Romero Ramos, que disse ao jornal 'La Voz de Galicia' que a irmã "está entubada e apresenta problemas pulmonares" e que os médicos estão a considerar recorrer a outro medicamento.

A fonte ouvida pela Lusa não pode igualmente confirmar algumas notícias da imprensa espanhola, que dão conta de um novo agravamento no estado de saúde da paciente.

A informação para já disponível - quando ainda não está concluída a investigação sobre as circunstâncias da infeção - sugere que uma cadeia de erros terá permitido o contágio da auxiliar de enfermagem.

A própria admitiu que terá tocado na cara quando retirava o fato protetor que usou quando entrou no quarto do missionário Manuel García Viejo, a segunda vítima mortal espanhola do vírus, que foi transferido de África e morreu em Madrid.

Paralelamente funcionários sanitários continuam a culpar as autoridades pela falta de formação dada às equipas envolvidas na resposta ao Ébola, com dúvidas sobre o tipo de fatos protetores usados e outros procedimentos.

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