Ébola

Instituto Ricardo Jorge em "prontidão permanente" para despiste do Ébola

O presidente do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA) garante o  laboratório de referência em Portugal está  em estado de "prontidão permanente" e com capacidade para responder aos despistes do vírus do Ébola que os hospitais solicitarem. 

(Arquivo Reuters)
© Handout . / Reuters

Fernando Almeida disse à Lusa que o facto da Organização Mundial de  Saúde (OMS) ter decretado o estado de emergência mundial em saúde pública  não vai, para já, levar a alterações nos procedimentos do INSA. 

"Estamos perfeitamente organizados e em estado de prontidão, 24 sobre  24 horas", disse Fernando Almeida, recordando a resposta que o instituto  tem dado em outros surtos, como o dengue, o vírus de Marburg (Ébola) ou  o da gripe. 

Aos laboratórios do INSA chegarão as colheitas para analisar a presença,  ou não, do vírus do Ébola. 

Segundo Fernando Almeida, este instituto tem um plano de contingência,  no qual está previsto, sempre que necessário, o reforço de meios humanos  e de equipamentos (como reagentes). 

Para já, a única coisa que se prevê aumentar nos próximos tempos são  os contactos com instituições como a Direção Geral da Saúde ou o Ministério  da Saúde, disse. 

A diretora-geral da OMS, Margaret Chan, pediu hoje à comunidade internacional  que ajude os países afetados a combater a epidemia de Ébola, a pior em quatro  décadas.  

Em conferência de imprensa, Chan afirmou que os países da África Ocidental  mais atingidos pela epidemia - Libéria, Serra Leoa, Guiné-Conacri e Nigéria  - "não têm meios para responderem sozinhos" à doença e pediu "à comunidade  internacional que forneça o apoio necessário". 

A Direção Geral de Saúde vai divulgar hoje à tarde uma posição concertada  com os parceiros europeus sobre a declaração do estado de emergência mundial  de saúde pública. 

Em Portugal, os hospitais de referência definidos para atender estes  casos são o Curry Cabral e o Dona Estefânia, ambos em Lisboa, e o São João,  no Porto.   

Desde março, a epidemia já matou 932 pessoas e infetou mais de 1.700.

O vírus do Ébola transmite-se por contacto direto com o sangue, líquidos  ou tecidos de pessoas ou animais infetados. 

      Lusa

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