Cuba de Fidel

Havana libertou os últimos dois presos políticos do "grupo dos 75"

As autoridades cubanas concluíram hoje o processo de libertação dos presos políticos que pertenciam ao grupo de 75 dissidentes condenados em 2003, detenções que suscitaram então a indignação internacional.

José Ferrer e Félix Navarro, os últimos elementos que estavam presos, foram hoje libertados pelas autoridades de Havana.



"Sim, José Daniel [Ferrer] está fora da prisão, ele ligou-me a partir da sua casa", afirmou o dissidente Elizardo Sanchez, em declarações à agência noticiosa francesa AFP.



Ferrer, um pescador de 40 anos, foi escoltado até à sua residência, na zona oriental da cidade de Santiago de Cuba.



Uma hora antes, a libertação de Felix Navarro, um engenheiro de 57 anos, já tinha sido confirmada.



"O meu pai está em casa, chegou de manhã e foi ao encontro da minha mãe, que estava no campo. Estamos muito felizes. Está muito otimista e feliz e disposto a continuar aquilo que iniciou em 2003", afirmou a filha do dissidente, Sayli, também em declarações à AFP.



Na primavera de 2003, uma vaga de repressão levou à detenção de 75 dissidentes cubanos. Destes, 23 foram libertados entre 2003 e 2010, essencialmente por motivos de saúde.



Em maio de 2010, a igreja católica concluiu um acordo para a libertação dos 52 opositores que estavam na prisão.



A partir de 07 de julho, 40 dos 52 presos foram libertados e partiram para o exílio em Espanha. Dez outros saíram da prisão mas continuaram em Cuba.



Ferrer e Navarro, que recusaram ser libertados quando lhes foi proposto partir para Espanha, foram os únicos que continuaram presos.





Lusa
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