O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, aceitou a ideia do adiamento do Brexit, dizendo no entanto que a aprovação da União Europeia vem com a condição de sair depois um voto positivo do Parlamento sobre o acordo.
"À luz das consultas que conduzi nos últimos dias, acredito que uma curta extensão [do Artigo 50.º] será possível, mas será condicionada por uma votação positiva do Acordo de Saída na Câmara dos Comuns. A questão da duração permanece aberta", declarou Donald Tusk.
Numa intervenção sem direito a perguntas, o presidente do Conselho Europeu afirmou que a proposta do Governo britânico, de adiar o Brexit, cria à União Europeia "uma série de questões de natureza legal e política" e admitiu que a esperança de um desfecho bem sucedido deste processo parece "frágil e até ilusória".
O anúncio surge no mesmo dia em que a primeira-ministra britânica confirmou que pediu um adiamento da data de saída do Reino Unido da União Europeia até 30 de junho.
Ativado pelo Governo britânico em 2017, o artigo 50.º do Tratado da UE determina dois anos de negociação para um estado membro sair da UE, prazo que acaba a 29 de março e que está inscrito na legislação britânica.
Com Lusa