Ataque em Berlim

100 mil € por informações que levem à detenção do suspeito do atentado

O suspeito do atentado de Berlim terá chegado à Alemanha em junho de 2015 e vivido em várias cidades com várias identidades, revelou hoje o ministro do Interior da Renânia do Norte-Vestefália. A polícia alemã divulgou entretanto fotos do tunisino oferecendo uma recompensa de 100 mil euros por informações que conduzam à sua captura.

"A polícia judiciária da Renânia do Norte-Vestefália abriu um inquérito junto da Procuradoria Federal Alemã (que tem a competência em matéria de terrorismo) em função de suspeitas sobre a preparação de um ato criminoso grave representando um perigo para o Estado", declarou Ralf Jäger, ministro do Interior da Renânia do Norte-Vestefália onde o suspeito residiu este ano.

O ministro do Interior da Alemanha, Thomas de Maizière, confirmou hoje que está a ser procurado um novo suspeito pelo seu presumível papel no ataque com um camião a uma feira de Natal em Berlim, após informações nesse sentido de vários media.

"Há um novo suspeito que procuramos", declarou à imprensa em Berlim Thomas de Maizière, adiantando que ele "é um suspeito, mas não necessariamente o atacante".

Maizière disse ainda ter sido emitido à meia-noite um aviso de busca "para a Alemanha, mas também para o espaço Schengen, ou seja, a Europa".

O governante falava após uma reunião de uma comissão da câmara baixa do parlamento que foi informada do estado da investigação.

Embora o ministro tenha recusado falar sobre a identidade do suspeito, deputados presentes na audição confirmaram que se trata de um tunisino como afirmou a imprensa alemã.

"Trata-se de um tunisino (...) entre os 21 e os 23 anos", indicou o deputado Stephan Meyer, membro da ala direita da família política da chanceler Angela Merkel, precisando que o jovem "tem, obviamente, múltiplas identidades".

Adiantou que é "um indivíduo classificado de perigoso, que os serviços de segurança conheciam e que pertence à cena islamita-salafista".

Segundo a imprensa, a polícia identificou-o através de um documento de identidade encontrado na cabina do camião que matou 12 pessoas e feriu 48 na segunda-feira à noite num mercado de Natal no centro de Berlim.

Segundo Meyer, o homem chegou "à Alemanha através de Itália durante a crise dos refugiados". Neste contexto, entraram na Alemanha cerca de 900.000 migrantes em 2015 e 300.000 em 2016.

"Há, portanto, uma ligação entre a crise dos refugiados e a ameaça terrorista", adiantou o eleito da CSU, aliada de Merkel, mas que a critica há vários meses acerca do acolhimento que a chanceler decidiu dar aos requerentes de asilo.

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