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Bingos: Trabalhadores exigem intervenção do Governo no caso das salas Brasília e Olímpia (C/VÍDEO) (C/FOTOS)

Póvoa de Varzim, 04 jan (Lusa) -- Cerca de uma centena de trabalhadores dos bingos juntaram-se hoje à porta do Casino da Póvoa para exigir a intervenção da secretaria de Estado do Turismo no caso que envolve as salas de jogo Brasília e Olímpia.

Márcia Dina Pimparel Vara

*** Serviço vídeo disponível em www.lusa.pt ***





Póvoa de Varzim, 04 jan (Lusa) -- Cerca de uma centena de trabalhadores dos bingos juntaram-se hoje à porta do Casino da Póvoa para exigir a intervenção da secretaria de Estado do Turismo no caso que envolve as salas de jogo Brasília e Olímpia.

Em causa está a manutenção em actividade dos dois espaços concessionados à Varzim Sol (do grupo Estoril Sol), mas cuja exploração foi cedida à Sociedade Nortenha de Bingos (SNGB).

No dia 31 de dezembro de 2010, as salas fecharam, mas os trabalhadores não foram despedidos.

A concessionária das duas salas de bingo e a sociedade gestora do Olímpia e do Brasília foram já notificadas do prolongamento da concessão.

O dono das salas e a empresa que as explora ainda não abordaram o assunto conjuntamente e os bingos não abriram no dia 01 de janeiro, facto que tem levado ao protesto dos trabalhadores.

Como "não há diálogo" entre as duas entidades -- concessionária e gestora -, "a secretaria de Estado do Turismo tem que intervir, porque este encerramento é ilegal e carece da autorização do Governo", alertou o representante do Sindicato dos Trabalhadores da Hotelaria e Turismo do Norte.

Francisco Figueiredo teme que esta situação possa levar ao "despedimento de mais de uma centena de trabalhadores".

O sindicalista lembrou ainda que não é a rentabilidade dos bingos que está em causa, uma vez que "ambas podem atingir uma receita anual de 10 milhões de euros".

A concessionária "tem que assumir as suas responsabilidades", exortou o representante do sindicato.

Os trabalhadores já reuniram com a SNGB que "empurra responsabilidades para a Varzim Sol e esta, por sua vez, empurra para a sociedade gestora", lamentou o sindicalista.

"O que é certo é que andamos neste jogo e, com isto, há mais de uma centena de pessoas sem emprego, sem ocupação efetiva e sem indemnizações", lamentou Francisco Figueiredo, que diz que os trabalhadores "só vão parar de protestar quando o problema for solucionado".

O sindicato já pediu a intervenção da Inspecção-Geral de Jogos e anunciou ainda que vai denunciar o caso "à Inspecção para as Condições de Trabalho e apresentar uma queixa-crime junto da Procuradoria-Geral da República".

O diretor das duas salas de bingo enviou uma carta, a que a Lusa teve acesso, a representantes do Governo e às comissão e Inspecção de Jogos, de forma a explicar a sua posição.

Na missiva, Fernando Vilaça diz-se "disposto a reabrir estas duas salas já hoje, se a secretaria de Estado do Turismo emitir um documento oficial", a solicitar a reabertura dos espaços "ao abrigo da prorrogação da Concessão (da Varzim-Sol) ou da Cessão (da SNGB)".

Fernando Vilaça exige ainda a presença diária, nos bingos, de "um inspetor de jogos" e que lhe seja autorizada a "retenção de todas as receitas (após o pagamento dos prémios aos clientes) para as necessidades das salas, porque após estes dias de encerramento", o diretor dos espaços diz "desconhecer qual será a afluência de clientes" aos bingos.





MYV.





***Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico***





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