Em pouco tempo pode mudar tudo em Vila Franca de Xira. Apesar da ministra da Saúde ter garantido que o serviço não ia encerrar, com saídas atrás de saídas os recursos são cada vez menos e a promessa pode estar em causa.
Com menos médicos, o serviço não garante a idoneidade formativa, ou seja, a capacidade de receber internos para formar novos médicos. E sem internos e com cada vez menos obstetras, as urgências podem mesmo fechar.
A Federação Nacional dos Médicos não fica surpreendida. "Já estamos habituados a falta de palavra e de verdade da ministra Ana Paula Martins e do primeiro-ministro Luís Montenegro", diz a presidente da FNAM, Joana Bordalo e Sá.
Ministra quer hospitais a partilhas obstetras
Certo é que Ana Paula Martins admitiu que os recursos tem que ser partilhados e, por isso, os obstetras de Vila Franca de Xira deverão ser mobilizados para Loures para assegurarem a urgência do Beatriz Ângelo, a 40 quilómetros de distância.
A decisão ainda não está fechada, mas já foi dada como inevitável. Tal como está previsto acontecer no Hospital do Barreiro, onde os médicos podem vir a garantir serviços na urgência do Garcia de Orta, em Almada, a 30km.
Caldas da Rainha é outro exemplo das mais frágeis, com os profissionais a seguirem para os serviços de Leiria e Santarém.