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Chuvas enchem barragens: reservas no Algarve subiram de 36% para 43%

A chuva de março trouxe tanta água à barragem da Bravura, quanto a que lhe restava no mínimo histórico registado em outubro do ano passado.

João Tiago

Luís Silva

A chuvas da última semana trouxeram quase tanta água ao Algarve, quanto a que se esperava para o ano todo. A Agência Portuguesa do Ambiente ainda está a apurar os valores, mas tudo indica que as barragens do Algarve subiram de 36 para 43% da capacidade.

A chuva de março trouxe tanta água à barragem da Bravura, quanto a que lhe restava no mínimo histórico registado em outubro do ano passado.

2 milhões e 500 mil metros cúbicos elevaram as reservas aos 20% da capacidade da albufeira, nível a que não estava desde 2021.

A boa notícia, para os regantes de Lagos e de Alvor que não regam desde então, é que, não só as ribeiras continuam a correr para a barragem, como o início de abril ainda trará mais algumas chuvas.

O cenário é idêntico de uma ponta a outra do algarve e os dados preliminares indicam que o mês acumulou em média 50 milímetros de precipitação, trazendo mais de 25 milhões de metros cúbicos às barragens de uma região à mingua e o equivalente a um terço do consumo urbano de um ano inteiro, mais do dobro do que a futura dessalinizadora irá produzir desde a água do mar.

Odelouca, a barlavento, já terá ultrapassado os 40%, Odeleite e Beliche, a sotavento, os 48. Funcho, em Silves, terá recarregado mais 5 milhões de metros cúbicos, chegando aos 58%.

Foi uma rega completa em todo o sul do país, ao ponto de deixar o maior lago artificial da Europa Ocidental à beira do limite.

A cota da barragem do Alqueva está a um metro do máximo. É preciso recuar a 2014 para ali estar acumulada tanta água quanto metade de Portugal consome num ano.

Estivessem as canalizações já feitas e estaria em condições para estar já a recarregar a barragem de Santa Clara, no Sudoeste Alentejano, mas até aí São Pedro veio dar uma ajuda.

A cota está agora acima 2 metros e meio acima da registada no passado por esta altura. 201 milhões e 500 mil metros cúbicos acumulados, 42% da capacidade.

Fonte da Agência Portuguesa do Ambiente diz porém que é cedo para pôr um ponto final na seca hidrológica, tudo vai depender do que trouxer o resto do mês de abril e eventualmente maio.

Está agendada uma reunião da comissão de acompanhamento da seca para a próxima semana, em Faro. Podendo ser reavaliadas algumas das medidas de restrição ao consumo.

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