Vida

Asfixia em crianças é frequente com frutos secos

Entre 60% a 80% dos casos de asfixia em crianças  ocorrem pela ingestão de frutos secos, sobretudo amendoins, indicam pediatras  espanhóis, após uma menina de um ano e meio ter morrido recentemente depois  de comer pipocas. 

Apesar de as estatísticas sobre mortalidade infantil por sufocamento  ou asfixia terem descido bastante nas últimas décadas, o engasgamento com  um corpo estranho ainda representa cerca de 40% das mortes em crianças menores  de um ano, de acordo com dados divulgados pelo site do jornal espanhol El  Mundo. 

Segundo a Guarda Civil, uma menina de ano e meio morreu em Oviedo (Astúrias),  em consequência de uma asfixia causada por um grão de milho de uma pipoca.  A morte ocorreu cinco dias depois de se ter engasgado com as pipocas e as  autoridades ainda estão a investigar. 

Os pediatras tendem a recomendar que a ingestão de frutos secos não  ocorra nos primeiros anos de vida de uma criança.  "Antes dos três anos, as crianças não mastigam bem e é possível que  alguns pedaços de frutos secos passem acidentalmente para os brônquios ou  pulmões", segundo Jordi Pou, coordenador do comité de Segurança e Prevenção  de Lesões Acidentais da Associação Espanhola de Pediatria. 

Outro pediatra espanhol, José María Moreno, considera que os pais e  educadores devem seguir o mesmo critério com os frutos secos do que seguem  para jogos com peças pequenas. "O fruto seco em si não é mau e pode consumir-se moído. O problema é  que se desprendam pedaços suficientemente grandes para obstruir as vias  aéreas. Uma criança com mais idade também pode engasgar-se a comer pipocas,  mas é mais difícil que haja asfixia". 

 

     

 

Lusa

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