A União Europeia acaba de lançar um projeto para detetar o risco de cancro em mulheres jovens. Quando se sabe que a maioria dos cancros cresce de forma silenciosa, as campanhas de sensibilização e os rastreios são fundamentais para travar a doença a tempo de ser tratada.
“Nós queremos, se possível, encontrar os cancros numa fase precoce, em que não apareçam sintomas”, diz Luís Costa, médico e diretor do serviço de oncologia do Hospital de Santa Maria.
Os rastreios desempenham assim uma função essencial para detetar os tumores o mais cedo possível. Mas não só: educação para a saúde, acesso aos cuidados de saúde e igualdade no que respeita à qualidade dos tratamentos são formas de intervir na prevenção e no tratamento.
Detetar sinais de alarme antes que o cancro evolua implica também tempo da parte dos médicos oncologistas para apresentar e discutir casos, bem como a capacidade e sensibilidade dos médicos de família para identificar alterações.
Álcool e tabaco, mas não só: riscos são conhecidos
Luís Costa fala sobre alguns fatores de risco, elogiando a medida de “diminuição da oferta de açúcar nas escolas”, como uma forma de combater a obesidade.
"O abuso do álcool é também um fator de risco para cancro. Um dos mais fatais é o cancro do pulmão e o tabaco continua a ser responsável por 20% das mortes de cancro."
Recentemente, foi lançado um projeto europeu para detetar o risco de cancro em mulheres jovens.
Os desenvolvimentos científicos, a par da litereacia de saúde, serão os melhores contributos para identificar e tratar precocemente vários tipos de cancro.