Mais de 40 mil pessoas esperam que as juntas médicas lhe passem um atestado de incapacidade para terem direito a benefícios sociais e fiscais. Muitos dos pedidos são de doentes oncológicos que, em algumas regiões do país, esperam mais de um ano pela resposta da junta médica.
Os pedidos aguardavam de seis meses a dois anos. Mas quando os médicos de saúde pública foram desviados para funções ligadas à Covid-19, o problema agravou-se. Por falta de clínicos, a atividade das juntas médicas chegou mesmo a ser suspensa entre março e junho.
Quando voltaram ao trabalho, as equipas depararam-se com mais processos e menos recursos.
Segundo a Liga Portuguesa Contra o Cancro, não passaria de 10% as juntas médicas que estavam em funcionamento no passado mês.