Este é mais um fim de semana complicado na saúde: há no total nove serviços de Urgência de Ginecologia e Obstetrícia de portas fechadas entre sábado e domingo, a maioria na zona de Lisboa e Vale do Tejo.
No sábado há pelo menos quatro hospitais que não estão a receber grávidas - Almada, Vila Franca de Xira (que estará também com a Urgência Pediátrica fechada), Caldas da Rainha e Aveiro.
"O primeiro-ministro Luís Montenegro não pode estar de consciência tranquila perante a decisão manter Ana Paula Martins como ministra da Saúde quando o resultado da sua política está à vista. Há um ano, faltaram à verdade quando disseram ao país que as grávidas teriam razões estar mais seguras e que este verão esta situação não se iria repetir. E repete-se", lamenta a representante da Joana Bordalo e Sá. "Esta situação não acontece porque os médicos foram de férias. Acontece porque faltam médicos no Serviço Nacional de Saúde."
No domingo este cenário agrava-se, juntando-se à lista o Hospital de Setúbal, que também não vai receber grávidas.
!Temos em 2025 quase meia centena de bebés nascidos em ambulâncias, já vamos em 48. No ano passado tivemos mais de meia centena. Isto é uma realidade que nós não podemos normalizar", apela Joana Bordalo e Sá.
O caso mais grave é o do Garcia de Orta, em Almada, que vai estar com o Serviço de Urgência de Ginecologia e Obstetrícia encerrado durante toda a semana devido à falta de médicos para o preenchimento das escalas.
No início do mês passado, a ministra da Saúde tinha já anunciado reforçar este hospital. Ana Paula Martins prometeu contratar novos obstetras ao setor privado e garantiu que este problema estaria resolvido em setembro.