Saúde e Bem-estar

Nanoplásticos que ingerimos ou inalamos inflamam células do cérebro

Estudo português mostra o impacto dos nanoplásticos, que entram no corpo por inalação ou ingestão. O estudo do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente vai avançar para células do fígado e para a mistura com outros contaminantes, como o fumo do tabaco.

Maria José Mendes

Vítor Moreira

Um estudo português mostrou que os nanoplásticos que ingerimos ou que respiramos desencadeiam respostas inflamatórias no corpo humano. Poderá representar mesmo um risco para a saúde pública.

Foram estudadas células cerebrais de ratinho e células humanas do intestino. A ideia era perceber como reagem à presença de nanoplásticos e registaram-se processos de inflamação.

Os nanoplásticos não são visíveis. Resultam da produção e degradação de objetos de plástico. Interagem com as células do corpo humano através do contacto com a pele, da ingestão de alimentos ou pela inalação.

As células do intestino são mais rápidas a responder e a combater os nanoplásticos. No cérebro a situação preocupa mais. As células parecem ser menos resistentes.

Agora o estudo do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente vai avançar para células do fígado e para a mistura com outros contaminantes, como o fumo do tabaco.

Os investigadores vão ainda realizar ensaios com peixe-zebra cuja informação genética é muito próxima do ser humano.

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