Um estudo português mostrou que os nanoplásticos que ingerimos ou que respiramos desencadeiam respostas inflamatórias no corpo humano. Poderá representar mesmo um risco para a saúde pública.
Foram estudadas células cerebrais de ratinho e células humanas do intestino. A ideia era perceber como reagem à presença de nanoplásticos e registaram-se processos de inflamação.
Os nanoplásticos não são visíveis. Resultam da produção e degradação de objetos de plástico. Interagem com as células do corpo humano através do contacto com a pele, da ingestão de alimentos ou pela inalação.
As células do intestino são mais rápidas a responder e a combater os nanoplásticos. No cérebro a situação preocupa mais. As células parecem ser menos resistentes.
Agora o estudo do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente vai avançar para células do fígado e para a mistura com outros contaminantes, como o fumo do tabaco.
Os investigadores vão ainda realizar ensaios com peixe-zebra cuja informação genética é muito próxima do ser humano.