Economia

Sacos de plástico para fruta e legumes ainda não estão a ser cobrados

O Orçamento do Estado previa que os sacos de plástico leves passassem a custar quatro cêntimos. No entanto, a medida ainda não está a ser aplicada pelos comerciantes.

Nuno Diogo Pereira

Rui Flórido

Francisco Carvalho

A taxa de quatro cêntimos por cada saco de plástico para frutas e legumes ainda não está a ser cobrada aos consumidores, como previa o Orçamento do Estado para 2024. As empresas de distribuição falam em questões operacionais por resolver. À SIC Notícias, o Ministério do Ambiente diz que a taxa será cobrada quando resolvidas estas questões e depois de o Presidente da República promulgar o diploma.

A medida está no Orçamento do Estado para 2024: no primeiro dia útil do ano, quem comprasse pão, fruta ou legumes pagaria quatro cêntimos por cada saco de plástico. Mas, na prática, a taxa não está a ser cobrada. Os comerciantes dizem não ter recebido qualquer indicação.

Na altura em que foi anunciada, a medida gerou polémica. As associações climáticas dizem que nada contribui para diminuir a produção de resíduos. As empresas temem pôr mais este peso no orçamento familiar.

A cobrança pelos chamados sacos de plástico muito leves continua a dividir opiniões. A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição diz que a lei é clara - os sacos vão ser cobrados. Mas, do ponto de vista operacional, não estão reunidas as condições para essa cobrança.

A SIC Notícias questionou o Ministério do Ambiente sobre este atraso. Em comunicado, garante tudo estar a fazer para que a cobrança aconteça com a maior brevidade possível. Assume estar preocupado com a necessidade de escoamento dos stocks e com a dificuldade de marcação deste tipo de sacos de plástico.

A tutela acrescenta que a regulamentação desta taxa foi aprovada em Conselho de Ministros e que terá de ser promulgada pelo Presidente da República. Prevê-se que, até ao fim de março, a situação fique regularizada.

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