Esta altura do ano é mais propensa a infeções respiratórias e as celebrações da passagem de ano aumentam o risco de contágio. A Associação dos Médicos de Saúde Pública acredita que a situação só vai melhorar em janeiro.
“Daquilo que é a nossa experiência com as doenças respiratórias, sabemos perfeitamente que quando há eventos com aglomeração de pessoas, elas tendem a aumentar na sua incidência”, refere Gustavo Tato Borges.
O presidente da Associação de Médicos de Saúde Pública diz que se perspetiva uma passagem de ano em que vão existir vários aglomerados e, por isso, em Janeiro “vai continuar a haver um aumento do número de casos de infeções respiratórias”.
“Lá para a segunda semana de Janeiro possamos começar a assistir a uma diminuição da sua incidência pelo regresso à normalidade das pessoas da vida das pessoas. Se não tivéssemos a passagem de ano neste fim de semana possivelmente poderíamos começar a perspetivar já o início do fim deste pico, mas acredito que só para meados de janeiro é que poderemos ter essa essa realidade”, conclui o presidente.
A estirpe de gripe A que tem "enchido" as urgências nos últimos dias não é mais perigosa do que outras, mas, ainda assim, tem-se revelado mais contagiosa.
Os portugueses perderam alguma imunidade contra a estirpe de gripe A que chegou em força a meio deste mês de dezembro, algo que não acontecia desde antes da pandemia de covid-19. E é, justamente, isso que explica o facto de haver mais casos do que é habitual.