Os trabalhadores da alimentação, limpeza e manutenção dos hospitais estão em greve esta esta segunda-feira. Os efeitos da paralisação fazem-se sentir sobretudo no centro do país.
Uma das principais razões para a paralisação destes funcionários continua a ser a falta de condições de trabalho, que em dia de greve se concentram junto a vários hospitais do país.
Em Coimbra, os problemas na cozinha do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra são um dos principais problemas referidos pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Centro, António Baião.
“A ASAE já fez algumas visitas a esta cozinha e posso, sem erro nenhum, dizer isto: se fosse uma outra cozinha já estava encerrada, mas como é uma cozinha que é necessária todos os dias para fazer milhares de refeições para os utentes deste hospital, mantém-se aberta”, afirma António Baião.
“Em condições muito difíceis desde panelas que não têm asas para nos conseguirmos pegar; carros que nós não conseguimos puxar porque são muito pesados e têm as rodas travadas; o chão está muito danificado que nós por vezes a puxarmos os carros, eles acabam por ficar presos no chão e nós acabamos por nos aleijar”, exemplifica Célia Nunes, uma trabalhadora do Serviço de Utilização Comum dos Hospitais.
Em resposta ao aumento do custo de vida, estes funcionários pedem também uma subida intercalar de salários, tendo em conta “o aumento do custo de vida”.
“Estes funcionários ganham 10€ acima do salário mínimo nacional, que é muito muito baixo. E também, as nossas reinvindicações junto da empresa neste momento, que desse aumentos intercalares a estes trabalhadores, tendo em conta o aumento brutal do custo de vida. Mas a empresa ”, acrescenta o presidente do sindicato.
“Mas a empresa não está a anuir a isso, nem quer sentar-se à mesa das negociações e remete-nos apenas para 2024 para negociar os novos salários”, conclui António Baião.