Dos 13 bebés internados na neonatologia do Hospital de Santa Maria, 11 testaram positivo para esta bactéria, mas segundo fonte hospitalar “estão clinicamente estáveis”.
A bactéria Klebsiella é encontrada, maioritariamente, no intestino humano, onde não causa doenças, e também pode estar presente nas fezes humanas.
A infeção por Klebsiella pneumoniae acontece a partir da exposição à bactéria, tanto pelo trato respiratório, como pela corrente sanguínea. Em casos em que a contaminação ocorre em unidades de saúde, a multirresistente pode ser transmitida a partir do contacto direto, de pessoa para pessoa, refere os Centros de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC), dos EUA.
Em geral, os pacientes hospitalizados podem ser expostos à Klebsiella quando estão em uso de respiradores, de cateteres intravenosos, ou por meio do contato com feridas, acrescenta ainda os CDC.
Segundo a OMS, a circulação de bactérias multirresistentes como a Klebsiella pneumoniae representam uma ameaça, em particular, para pessoas com sistemas imunológicos fracos ou ainda não totalmente desenvolvidos, podendo causar infeções graves e até muitas vezes mortais.
Esta bactéria pode causar pneumonia, infeções da corrente sanguínea e meningite.
A Klebsiella pneumoniae requer tratamento com carbapenémicos, medicamentos utilizados como último recurso. No entanto, 8% das infeções causadas por esta bactéria apresentam resistência, aumentando o risco de morte, aponta a OMS.
Mas apesar da gravidade, o SNS explica que se não existir contacto com outro tipo de infeção “a bactéria desaparece ao fim de algum tempo, motivo pelo qual, e preventivamente, os portadores são colocados em isolamento”.
Como evitar?
Para tentar evitar a propagação de infeções por Klebsiella nas unidades hospitalares, os profissionais de saúde devem seguir uma rígida higienização das mãos, bem como utilizar aventais e luvas quando estão em contacto com pacientes contagiados. Quanto às próprias instalações, devem ser limpas de forma rigorosa para evitar a propagação da bactéria.
Por outro lado, os pacientes também devem seguir medidas como a higienização das mãos antes das refeições, tocar nos olhos, nariz ou boca e ao trocar curativos. Essa lavagem deve ser com água e sabão e o uso do álcool gel também é recomendado após tocarem em superfícies hospitalares, sugere os Centros de Controlo e Prevenção de Doenças.
Recorde-se que, em 2018, o Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS) também sofreu um surto desta bactéria multirresistente.