Permanecem desconhecidas as causas da hepatite aguda em crianças. Com quase 200 casos reportados em todo o mundo, numa primeira avaliação de risco, o Centro Europeu de Controlo e Prevenção de Doenças considera a situação preocupante para a saúde publica e apela à vigilância.
Sobre as causas de hepatite aguda em crianças não há ainda conclusões. Mas a principal hipótese atual é uma possível relação com um adenovírus detetado em muitos dos menores afetados.
Numa primeira avaliação de risco sobre o assunto, o Centro Europeu de Controlo e Prevenção de Doenças, adianta que, em Inglaterra, mais de 75% dos casos testaram positivo para adenovírus. Na Escócia, metade.
É no Reino Unido que se concentra a maioria dos casos reportados até ao momento: mais de 100 em quase 200 confirmados no mundo.
Outros 12 países europeus e também os Estados Unidos, Israel e Japão reportaram casos de hepatite aguda em crianças.
Na Roménia, há vários casos suspeitos e pelo menos um confirmado: uma menina de 5 anos internada desde o início do mês num hospital em Bucareste. Ainda não se sabe se terá de ser submetida a um transplante hepático. Os médicos que a tem acompanhado testaram vários tratamentos, mas não conseguiram, até ao momento, os resultados desejados.
O Centro Europeu de Controlo e Prevenção de Doenças considera a situação preocupante para a saúde pública, sobretudo tendo em conta a população pediátrica afetada e o potencial resultado severo.
Considera, por isso, essencial estabelecer uma rápida vigilância dos casos, aconselhando a sensibilização de pediatras, clínicos gerais e outros especialistas médicos.
A avaliação de risco recomenda ainda o reforço da higiene cuidadosa das mãos e a limpeza e desinfeção de superfícies.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, desde que foi reportado o primeiro caso, pelo menos uma criança morreu e 17 precisaram de um transplante hepático.
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