Milhares de crianças são alvo de predadores sexuais nos seus próprios quartos. Um erro inocente online pode bastar para lhes abrir a porta. A história de Michaela, uma menina de 13 anos, começou com o envio de uma fotografia em sutiã.
Michaela, nome falso, é vítima de abusos e exploração sexual há dois anos, apesar do caso já ter sido denunciado à polícia e ser acompanhado por assistentes sociais.
De acordo com a Sky News, tudo começou com o envio de uma fotografia em sutiã a um rapaz mais velho. A imagem acabou por ser partilhada com toda a escola, depois com outras escolas. Em poucos dias a fotografia e o número de telemóvel de Michaela estavam em vários chats só para homens.
Por causa de uma fotografia, tornou-se um alvo para predadores. A mãe pediu ajuda. A polícia investigou a partilha da fotografia inicial, mas afirmou que não era considerada indecente. A situação piorou nos meses seguintes.
“Ela fugia de casa, ia para os parques praticava sexo e recebia dinheiro de pessoas que não conhecemos. Eu e a minha irmã andávamos atrás dela. A família andava atrás dela e ela desaparecia”.
A mãe diz que Michaela teve cinco assistentes sociais em dois anos e nenhum foi capaz de ajudá-la. Uma passava semanas sem responder às mensagens e outra sugeria que rezassem. Michaela diz que sente que a polícia sempre a culpou.
A polícia local afirma que não investigou alegações e que está a seguir outras linhas de investigação e que está empenhada em continuar a trabalhar com a jovem e a família para garantir a sua segurança.