Análise de Marques Mendes

OE2022: “PCP e BE não querem crise política, mas gostariam que fosse o outro a viabilizar”

Luís Marques Mendes afirma que aumentou o risco do Orçamento do Estado chumbar.

Luís Marques Mendes

SIC Notícias

Luís Marques Mendes diz que o Orçamento do Estado não é suficiente para estimular riqueza no país e que o documento não tem visão de futuro. Afirma ainda que, perante o impasse nas negociações, aumentou o risco de ser chumbado.

“[O OE2022] não ataca nenhum problema de fundo da nossa economia. Dir-se-á que isto é o ADN dos Orçamentos da Geringonça. É habilidoso, mas não é o que o país precisa para o futuro. É mais um Orçamento que tem a preocupação justa de distribuir riqueza, mas falta a preocupação com a criação de riqueza”, afirma.

O comentador SIC sublinha ainda que “o problema de Portugal há anos é não criar riqueza suficiente para distribuir como deve ser e combater pensões e salários baixos. É o pecado capital deste Orçamento, mas não surpreende”.

Perante ao impasse nas negociações à esquerda, Luís Marques Mendes acredita que há o risco de o Orçamento do Estado ser chumbado e sublinha que criar uma crise política seria prejudicar a recuperação do país.

“Ouvindo os vários protagonistas dos vários setores, a probabilidade continua a ser de viabilizar o Orçamento, mas neste momento passou a haver risco de chumbo. Há 60% de probabilidades de passar, 40% de chumbar. Veremos como estaremos daqui a uma semana", disse.

Marques Mendes aponta críticas ao PCP e ao Bloco de Esquerda, assumindo que estes não querem uma crise política, mas que “gostariam que fosse o outro a viabilizar” o OE2022.

“Todavia como não falam uns com os outros, pode dar lugar a asneira”, conclui.

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