Numa igreja polaca, a fé e a ciência estão ao serviço da comunidade. É pelo menos essa a missão a que se propõe o padre Radek Rakowski, que criou, num edifício residencial da cidade de Poznan, a Capela da Inteligência Artificial, local onde os fiéis podem entrar livremente desde que tenham uma aplicação no telemóvel.
Essa app funciona como uma espécie de chave que permite destrancar a porta da capela.
“As pessoas têm a aplicação nos seus telemóveis, abrem a capela com a aplicação, entram na capela e queremos que comecem a rezar. Se mesmo assim não encontrarem respostas para algumas perguntas, podem fazê-las à Inteligência Artificial”, explica o sacerdote.
Essas respostas estão à distância de um botão, colocado junto ao altar. Nada mais é do que o ChatGPT.
E o que diria a Inteligência Artificial sobre a existência de Deus?
“A crença na existência de Deus é a base da religião católica. A Igreja Católica ensina que Deus é o criador do universo e que está presente nas nossas vidas. A crença em Deus é uma questão de convicção pessoal e de experiência espiritual.”
SwagBot, o robô que é pastor de vacas
SwagBot é um robot de Inteligência Artificial, mas é também pastor de um rebanho de vacas numa quinta a três horas de Sydney, na Austrália.
Coberto de sensores, recolhe e analisa dados sobre os animais e sobre a qualidade do pasto.
“Quando os animais se habituam ao robô, começam a segui-lo. Dessa forma é possível movê-los para determinados locais do pasto. E quando o robô para eles ficam a pastar naquele sítio”, explica Salah Sukkarieh, professor de robótica na Universidade de Sydney.
Os engenheiros e investigadores desta universidade monitorizam depois o trabalho de SwagBot, que pode vir a ser uma eventual solução para a falta de mão de obra na agricultura (e sem os receios da completa desumanização da atividade).
A Austrália é um dos maiores exportadores de carne bovina do mundo, com cerca de 30 milhões de cabeças de gado, mas o objetivo é exportar a ideia para o mundo inteiro.
10 mil anos depois da primeira revolução neolítica, vislumbram-se cada vez mais os sinais de uma nova transformação na forma de produzir comida e colocar a natureza e as máquinas ao serviço dos humanos