A escolha de Alexandra Leitão como candidata do Partido Socialista à Câmara de Lisboa foi um dos temas do "Esta semana". Maria João Avillez considera que Pedro Nuno Santos não teve muito trabalho a decidir.
“Do ponto de vista do PS, ela era a melhor escolha. Não sei se Lisboa se conquista pela esquerda pesada, mas Pedro Nuno Santos não deve ter tido muito trabalho para decidir”.
Ricardo Costa destacou a capacidade da líder parlamentar socialista para formar coligações alargadas à esquerda, com partidos como o Livre e o Bloco de Esquerda, mas levantou dúvidas sobre o impacto eleitoral.
O episódio mais debatido desta semana foram as manifestações em Lisboa, desencadeadas pela operação policial no Martim Moniz. Maria João Avillez mostrou-se surpresa com a participação do Partido Socialista em protestos que contra a polícia. Para a comentadora SIC, é estranho que um partido com um histórico de governo e responsabilidade política nos últimos 50 anos tenha decidido marcar presença.
"Estavam lá os extremos, e o PS não hesitou em juntar-se a eles. Isto pode ter chocado parte do eleitorado do partido, especialmente ao ver figuras como Fernando Medina na rua", apontou.
A ida de Paulo Rangel, ministro dos Negócios Estrangeiros, à tomada de posse de Daniel Chapo, em Moçambique, foi outro tema quente. Maria João Avillez defendeu que, apesar das críticas, a presença portuguesa era importante:
“Portugal tinha de salvar a face e ser representado dignamente”.
Ricardo Costa concordou, afirmando que a escolha de Rangel, em vez de outra figura, foi adequada:
“Enviar apenas o embaixador seria insuficiente, mas a ida do Presidente da República seria de mais”.