Donald Trump valoriza a lealdade, e, mais uma vez, as escolhas para a sua administração refletem essa prioridade. No entanto, até mesmo quem o desafia pode encontrar lugar ao seu lado. É o caso de Marco Rubio, que disputou contra Trump nas primárias de 2015 e discordou das suas posições sobre a NATO.
Marco Rubio, que defende que é hora de a Ucrânia negociar com a Rússia, que a Europa deve assumir a própria defesa, que a China representa um adversário a combater e que os inimigos de Israel devem ser eliminados, poderá ser o novo chefe da diplomacia norte-americana.
Já Mike Walz é o escolhido para conselheiro de segurança nacional. Quer isto dizer que a política externa dos EUA pode dar uma volta de 180 graus.
O combate às alterações climáticas também sofrerá um revés. O escolhido para a Agência de Proteção Ambiental aposta na revitalização da indústria automóvel e na desregulamentação.
Bandeira de campanha e chave sorteada nas eleições, a imigração ilegal será combatida por Tom Homan, com a missão de levar a cabo a maior deportação de sempre, e Stephen Miller, o ideólogo do muro e da estratégia migratória, que é nomeado diretor-adjunto para os Assuntos Internos.
Para a Segurança Interna, com a tutela das fronteiras, Trump escolheu a governadora do Dakota do Sul, que se opôs à obrigatoriedade do uso de máscara durante a pandemia e foi considerada para vice-presidente durante a última corrida presidencial.