A candidata do Partido Democrata foi sozinha ao 'briefing' que decorreu durante duas horas e 10 minutos, segundo a sua equipa de campanha, nas instalações da polícia federal norte-americana (FBI) em White Plains, perto da residência da ex-secretária de Estado em Chappaqua, no estado de Nova Iorque.
Estas sessões são organizadas pelo gabinete do diretor nacional de Informações (ODNI, na sigla em inglês) e não pelo FBI, que apenas disponibiliza salas com elevado nível de segurança.
O candidato presidencial do Partido Republicano, Donald Trump, participou numa reunião similar no passado dia 17 de agosto em Nova Iorque, na companhia do general aposentado Michael Flynn e do governador de New Jersey Chris Christie, dois dos seus principais apoiantes.
Estas reuniões são organizadas desde 1952, após uma decisão do Presidente Harry Truman (1945 -1953). As sessões visam preparar os candidatos presidenciais para o mais alto cargo da política norte-americana, através do fornecimento de informações sobre o estado das ameaças globais contra os Estados Unidos.
No entanto, estas reuniões não transmitem qualquer informação sobre as operações em curso dos serviços de informações e de espionagem norte-americanos.
Os democratas manifestaram a sua preocupação sobre o acesso de Donald Trump a informações consideradas como sensíveis.
O próprio Presidente Barack Obama advertiu a fação republicana sobre esta situação durante uma conferência de imprensa no início de agosto.
"Se [os candidatos] querem ser presidentes é preciso que se comportem como presidentes", declarou o chefe de Estado norte-americano.
"Isto significa assistir a estes 'briefings' sem revelar o seu conteúdo", reforçou Obama.
As eleições presidenciais nos Estados Unidos estão agendadas para 08 de novembro.
Lusa