Boa Cama Boa Mesa

Cascatas, dunas trepadoras e um cemitério de praias para descobrir

Com 13 locais de visita, o Geoparque do Litoral de Viana do Castelo, aposta agora em quatro rotas de descoberta que incluem cascatas, lagoas, dunas trepadoras, gravuras rupestres e um cemitério de praias, que registam a evolução do território nos últimos 570 milhões de anos.

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Criado em 2017, o Geoparque do Litoral de Viana do Castelo, que aspira a ser reconhecido pela UNESCO, integra 13 monumentos naturais, que mostram como a região “evoluiu ao longo dos últimos 570 milhões de anos, registando nas suas rochas diversos episódios como se de um livro, a céu aberto, se tratasse”.

Identificados os monumentos naturais no concelho, agora é tempo de convidar os visitantes a realizarem passeios na natureza (a pé, de bicicleta, a cavalo e de barco), contactando ao mesmo tempo, com a cultura e tradições locais, património histórico e arqueológico, e gastronomia.

Para tal, existem quatro rotas de descoberta, promovidas pela Viv’Experiência (Tel. 258098415) que conduzem até cascatas, lagoas, rochas milenares, gravuras rupestres, em Afife e Fornelos, turfeiras, pias salineiras e até a um cemitério de praias.

Pode consultar AQUI os Percursos Pedestres associados ao Geoparque do Litoral de Viana do Castelo.

A partir de espaços informativos denominados “portas” é possível saber mais e preparar as viagens de descoberta Geoparque do Litoral de Viana do Castelo.

A Porta do Atlântico, na cidade, que acomoda o Observatório do Litoral Norte e é considerado “um espaço de valorização turístico e educativo dos valores naturais e culturais patrimoniais do Mar de Viana do Castelo”, a Porta de Arga, um espaço de acolhimento turístico educativo, que tem como valência o Museu do Património Mineiro de Arga, e a Porta do Neiva, na Vila de Punhe, onde se instala o Museu do Mel e do Caulino.

Entre os 13 monumentos naturais, que se espalham por vários pontos do território de Viana do Castelo, destaca-se o Cemitério de Praias Antigas do Alcantilado de Montedor, delimitado a norte pelo Forte do Paçô e a sul pela praia da Câmboa do Marinheiro, as Dunas Trepadoras do Faro de Anha, na margem esquerda da foz do rio Lima, as Turfeiras das Chãs de Arga, em plena montanha, na freguesia da Montaria, o Penedo Furado do Monte da Miadela, na encosta da serra de Santa Luzia,

Destacam-se ainda as Cascatas do Poço Negro, na freguesia da Areosa, com vários desníveis e poços, e as Cascatas da Ferida Má, entre Montaria e Amonde, que se alimentam do curso do rio Âncora. A área preserva várias cascatas com desnível superior a 5 metros e poços (lagoas).

Mergulhar no Pincho (ou Ferida Má)

A cascata da Ferida Má, também conhecida como cascata do Pincho, situa-se numa das mais emblemáticas paisagens do Alto Minho, a serra d’Arga, na localidade de Espantar, a pouco mais de 20 km de Viana do Castelo.

Perfeita para mergulhos na primavera e no verão, é procurada sobretudo pelas sucessivas quedas de água e lagoas de águas cristalinas, fotogénicas e especialmente apetecíveis na época estival. Justifica-se também a opção contemplativa através do longo do trilho do Pincho, na qual está inserida, mesmo em épocas de menor calor.

Neste percurso circular de quase 10 km, que decorre entre vegetação exuberante, é possível conhecer ainda os Moinhos da Costa, antigos moinhos de água, a capela de Nossa Senhora da Conceição e o Poço Negro.

A curta distância, na Estrada de Espantar, aldeia de Montaria, faça uma paragem para comer e beber no Café Caçana, especialmente conhecido pelos petiscos tradicionais, como o fumeiro caseiro, os rojões e as moelas, tem como produto estrela o champarrião, uma bebida elaborada à base de vinho verde, cerveja e açúcar que acompanha a tainada (petiscada).

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