As universidades preparam-se para receber novos estudantes e as dificuldades dos que se deslocam do interior para a capital mantêm-se na hora de encontrar onde ficar. A oferta das residências universitárias continua longe do necessário e, no mercado de arrendamento, há quem peça 700 euros apenas por um quarto.
Dividir casa é a realidade de muitos estudantes deslocados. Além das residências universitárias, que não chegam para todos, a solução passa por arrendar quartos em casas particulares com preços entre os 300 e os 700 euros. Há até opções mais caras.
Há senhorios que aceitam hóspedes entre os 18 e os 99 anos em quartos onde cabem quatro camas de forma a multiplicar o valor da renda.
A SIC visitou um apartamento T3, com apenas uma casa de banho, onde vivem 10 pessoas, nenhuma delas estudantes.
O senhorio aceita mostrar a habitação com a intenção de arrendar também a universitários.
O anúncio online diz que a casa tem capacidade para 16 pessoas, que não pagam por quarto, mas sim por beliche e o valor ultrapassa os 250 euros.
O número de inscritos no ensino superior diminuiu e é, agora, o mais baixo nos últimos 10 anos.
Há também quartos anunciados na internet a mais de 1.300 euros por mês, mas a empresa que os gere prefere não os mostrar presencialmente.
Este é também o ano em que se regista o menor número de alunos carenciados no ensino superior. Os preços elevados da habitação e o custo de vida podem estar a afastá-los da vida académica.